A famigerada transição “lenta e gradual” do regime ditatorial brasileiro parece ter deixado mais fissuras do que as últimas décadas fizeram acreditar. Em Portugal, deparamo-nos com uma expressiva votação da extrema direita nas últimas eleições. O projeto "FISSURA" parte das conexões e diferenças internas ao campo conservador dos dois países, em busca de compreender como certas figuras políticas da atualidade tendem a aparecer sempre como uma espécie de renascimento fantasmagórico do passado, inexplicável e quase absurdo.
Pedro Vilela é um artista brasileiro, residente na cidade do Porto. Doutorando em Educação Artística pela Fac. de Belas Artes do Porto, Mestre pela Univ. Federal da Bahia (2016-18) e licenciado pela Univ. Federal de Pernambuco (2002-06). Investigador ligado ao Instituto I2ADs. Encenou, em 2011, O Canto de Gregório (76 récitas, 12 capitais); Viúva, porém honesta (363 récitas, + de 70 mil espectadores, 57 cidades brasileiras e 05 internacionais) e Luiz Lua Gonzaga (80 récitas, 30 cidades), ambos em 2012, à convite da Fundação Nacional das Arte (FUNARTE); em 2017, Altíssimo (45 récitas, 8 cidades); e em 2018, Terrorismo (60 récitas). Em Portugal criou para o programa Cultura em Expansão o espetáculo-percurso TRAVESSIA, em 2021, a partir do depoimento de 50 imigrantes brasileiros que viviam no Porto, estreou FIGUEIREDO em 2022, obra que tem circulado em mais de 07 países, sobre o genocídio indígena no Brasil durante a ditadura militar, e GRANDE NELSON, em parceria com o maior nome das artes cênicas boliviana, Diego Aramburo, em 2023. Premiado pela Associação de Produtores de Artes Cênicas como melhor encenador, por Viúva (2013) e Terrorismo (2020). Foi escolhido pela revista Antro Positivo (2013) como um dos principais encenadores do Brasil. Integrou o WEYA – World Event Young Artist (2012) em Nottingham (UK) e o Programas Mommetum e INResidence, à convite do British Council Edimburgo e da Câmara do Porto, respectivamente em 2018. É idealizador e coordenador editorial da TREMA! Revista de Teatro e crítico colaborador da Revista Continente. Como curador, assina o TREMA! Festival, em Recife, e a Central Eléctrica, espaço na zona de Campanhã, conjuntamente com todos os ciclos realizados neste espaço, com destaque para o VOLTS – Encontro Internacional de Artes Performativas. Na cidade do Porto colabora recorrentemente com estruturas como Circolando, Teatro Experimental do Porto e FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica.